terça-feira, 15 de abril de 2014

rachel sheherazade

Dias de drama nos noticiários... noticiários nos quais o protagonista é o próprio Jornalismo. A jornalista e âncora do SBT Brasil, do canal aberto SBT, Rachel Sheherazade, parece que está sendo orientada a não mais emitir opiniões próprias no telejornal que apresenta. Seus comentários em horário nobre da Televisão causaram tanta discórdia no espaço midiático e na opinião pública que é difícil desprezar o fator  AUDIÊNCIA por trás dessa trajetória de acontecimentos. Afinal, do que vive a Televisão?

O desfecho da história toda, ou seja, o fim dos comentários polêmicos da jornalista, ainda não me convenceu totalmente. Eu me pergunto por que raios o SBT tem que conviver com tanto estresse e causar tantas  mágoas nos fãs da Rachel. Ao invés disso, por que eles não criam um programa só para ela, onde ela possa "falar o que todo mundo quer ouvir" livremente? Poderia ser um programa misto de jornalismo com variedades, por exemplo...

Penso que talvez seja mais vantajoso para a TV manter a moça polêmica no comando de um telejornal pelas seguintes razões: 1 - tirar Rachel de um telejornal e dar a ela um programa especial adequado aos seus comentários diminuiria o poder do seu caráter, pelo menos o poder que esse caráter imprime num telejornal. 2 - em relação à natureza do telejornal, silenciar Rachel, ao invés de transferi-la para um espaço mais livre, talvez tenha o efeito de demonstrar para todo mundo que a TV (SBT) também está "sofrendo" com as pressões e discussões que envolveram o nome da jornalista. 3 - e que portanto, a TV assume a postura de ceder às pressões para conservar o caráter teoricamente imparcial de um telejornal. 4 - finalmente, a TV "sacrifica" a voz da discórdia, não exatamente para calá-la, mas para manter no ar a tensão entre os lados envolvidos na discórdia. Só que dessa vez trata-se de uma tensão discreta, silenciosa, que se persevera na lembrança dos comentários passados e que evocam outros que poderiam vir e não mais vêm...  comentários que podem ser previstos mentalmente, pois seriam a expressão do tipo "o que todo mundo quer ouvir". Enfim, o jogo continua...  


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