quarta-feira, 5 de junho de 2013

a imagem no tempo

Estamos vivendo um tempo de excessos. O excesso de imagens, sons, informações que nos tomam nos últimos tempos é resultado do desenvolvimento de tecnologias de comunicação e circulação de informação que criamos justamente para conquistarmos mais praticidade, comodidade no que se refere à comunicação e informação. Não imaginávamos que junto com a praticidade e a comodidade viria também a avalanche constante de imagens, sons e informações que nem sempre procuramos. A tecnologias do nosso tempo favorecem esse desejo por facilidade, mas ao mesmo tempo provocam uma fadiga por causa do excesso.
Como processar essa avalanche sem prejudicar a sensibilidade? É difícil. Pois é natural que nos empenhemos em acompanhar o ritmo da circulação da informação para podermos nos localizar e articular com o mundo, com os novos valores, com as novas demandas... É natural que esperemos ser vistos e ouvidos dentro da mesma dinâmica.  O problema é que, não raras vezes, temos que julgar com rapidez e expressar nossa visão sobre aquilo que conhecemos apenas no embalo das mobilizações à nossa volta.
Como permitir que a contemplação, o devaneio, o silêncio possam exercer algum efeito na captação do mundo? Eis o desafio...




    

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