terça-feira, 18 de junho de 2013

imagem emblemática

As manifestações do movimento denominado, por enquanto, de Passe Livre já possuem ao menos uma imagem emblemática (ver abaixo) capaz de conceder aos manifestantes um apoio visual. Contudo, o discurso está fragmentado entre protestos diferentes, correndo o risco até de divergências dentro do próprio movimento. Não há uma linha de frente estabelecida, como houve no movimento "Diretas Já" e no "Fora Collor". Assim, a insatisfação que tem mobilizado a multidão pode facilmente ser reduzida a um arquétipo produzido por oportunistas.
Na foto, manifestantes em Brasília. Autor: Pedro Ladeira da Folhapress, segundo o site da "Veja"

Um comentário:

  1. citação da página virtual da Revista Época de hoje, 18/06:
    "Criado em 2005, por jovens num acampamento do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o MPL se diz independente de partidos políticos – mas se escora em alguns. Organiza-se por meio de redes sociais na internet, e alguns de seus membros defendem princípios anarquistas. Dizem lutar por transporte público gratuito e de qualidade para a população. Uma das principais bandeiras é a migração do sistema de transporte “privado” para um sistema gerido diretamente pelo Estado, com a garantia de acesso universal a qualquer cidadão, por meio do “passe livre” – o fim de cobrança de tarifa.
    O apelo das autoridades para que suas reivindicações sejam apresentadas de modo pacífico, pelos canais democráticos tradicionais, não surtiu efeito até agora. O ativismo do MPL envolve ação direta, na rua. “A única maneira é parar o trânsito”, diz a estudante de letras da Universidade de São Paulo (USP) Raquel Alves, de 20 anos, militante do MPL. “Infelizmente, o vandalismo e a violência são necessários, para que apareça na mídia. Se saíssemos em avenidas gritando musiquinha, ninguém prestaria atenção.”
    O MPL se inspira nos movimentos de jovens que nos últimos anos tomaram espaços públicos no Oriente Médio, na Europa e nos Estados Unidos. A ampla maioria dos militantes já nasceu num regime democrático, portanto não precisa lutar pela democracia, como os militantes da Primavera Árabe. Assemelham-se mais aos americanos do Occupy Wall Street ou aos envolvidos nos tumultos que marcaram capitais europeias, como Londres ou Madri em 2011. Todos protestam em meio ao que chamam de 'crise do capitalismo'".

    ResponderExcluir